À boleia do filme de Fabrizio Terranova, continuaremos a explorar a obra e pensamento de Isabelle Stengers. Originalmente formada em Química, Stengers é principalmente reconhecida pelos seus contributos para a filosofia da ciência, e pela rede de afinidades que criou com Donna Haraway, Bruno Latour e, por fim, com Starhawk. Da sua extensa obra publicada e intervenção pública, destacam-se, porventura, a ideia da indefensabilidade de uma "ciência neutra" e a reivindicação de uma "ecologia de práticas", reforçada pela observação provocadora do amigo Latour no prefácio a Power and Invention: Situating Science (1997): "Já lhe disse, a Isabelle Stengers é sempre pior! Ela tanto escreveu sobre hipnose como sobre física, e compara alegremente a química laboratorial à etnopsiquiatria, chegando ao ponto de reabilitar a palavra 'charlatão'". Para uma conversa, como convém, interdisciplinar e desierarquizada, convidámos Manuela Teles, Investigadora FCT do Instituto de Filosofia da Universidade do Porto, no Mind, Language and Action Group (MLAG), e Samuel Guimarães, responsável pelo eusoupaisagem, Programa de Educação do Museu do Douro.
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- Local: Batalha - Cafetaria & Bar
- Horário: 19h30
- Entrada gratuita
- Idioma: Português