Teve lugar esta noite, às 21h30, a Sessão de Encerramento do Festival Internacional de Cinema Queer - Queer Porto 9, no Batalha Centro de Cinema, onde foram anunciados os prémios da Competição Oficial e do Prémio Casa Comum.
A 9ª edição do Queer Porto teve lugar no recentemente renovado Batalha Centro de Cinema, permitindo ao festival uma nova dinâmica na programação e organização das suas sessões e atividades. Nas salas do Batalha e na Casa Comum da Reitoria da Universidade do Porto, o festival refletiu sobre questões de migrações e fronteiras, a par de um programa que nos ofereceu um vasto panorama das diferentes comunidades queer, nas suas diversas geografias, tendo contado com váries convidades, tais como a Sra. Secretária de Estado da Igualdade e Migrações, Isabel Almeida Rodrigues, e a realizadora irlandesa Vivienne Dick, à qual o festival dedicou um retrospetiva de enorme impacte junto do público.
A 10ª edição do Queer Porto irá decorrer em outubro de 2024.
Palmarés Queer Porto 9:
COMPETIÇÃO OFICIAL
Melhor Filme
Kenya, Gisela Delgadillo (México, 2022, 90’)
“Tendo em conta os objetivos do festival de lançar o olhar para a compreensão da realidade dos indivíduos e das comunidades queer, Kenya, além de cumprir os objetivos, é um espelho social para a condição de trabalhadoras do sexo mexicanas que têm a rua como lugar de existência, mas também de resistência. Kenya aborda com cuidado a vida de mulheres trans. É um filme digno, sensível e pedagógico sendo capaz de nos mobilizar para a transformação”.
Menção Especial
Carvão / Charcoal, Carolina Markowicz (Brasil, Argentina, 2022, 107’)
Prémio do Público
Kenya, Gisela Delgadillo (México, 2022, 90’)
PRÉMIO CASA COMUM
Melhor Filme
Entre a Luz e o Nada / Between Light and Nowhere, Joana de Sousa (Portugal, 2022, 20’)
“O Prémio Casa Comum é atribuído à curta-metragem nacional Entre a Luz e o Nada, pois esta criação foca-se numa diversidade de temas contemporâneos relevantes, tais como, vivências urbanas, questões de género, experiências psicotrópicas, saúde mental, família e sexualidade. Como fator distintivo, consideramos, aqui, que a ficção científica serve de veículo para a articulação entre o passado e o futuro, entre o global e o local, transformando a narrativa num registo pop queer muito atual, didático e acessível. Tal inscreve esta curta-metragem na urgência retrofuturista da criação artística contemporânea que tem vindo a sustentar um projeto concertado de ativismo/artivismo”.
Menção Especial
Dildotectónica / Dildotectonics, Tomás Paula Marques (Portugal, 2023, 16’)
“Atribuímos uma Menção Honrosa ao filme Dildotectónica, na medida em que se apresenta como um documentário ficcional que desconstrói e questiona - de forma acutilante - a sociedade falocêntrica e heterocisnormativa prevalecente”.