O programa EcoQueerÉcho foca-se na produção de origem portuguesa, a 28 de abril na Cinemateca de Nice, com destaque para a presença do realizador João Pedro Rodrigues, com a exibição dos filmes O Ornitólogo (2016) e Turdus Merula Linnaeus, 1758 (2020), precedida de uma masterclass juntamente com João Rui Guerra da Mata. Paralelamente, o trabalho do realizador é alvo de uma retrospetiva no decorrer do festival.

Ainda na Cinemateca, no dia 29 de abril, é exibido um conjunto de curtas-metragens de origem portuguesa relativas às temáticas exploradas: A Mordida (2019) de Pedro Neves Marques, Encounters with Landscape (x3) (2012) de Salomé Lamas, Ø ilha (2020) de Cláudia Varejão & Joana Castro, e Flores (2017) de Jorge Jácome. No mesmo dia, uma conversa na livraria Les Parleuses, com o jornalista/ativista LGBTQIA+, Cy Lecerf Maulpoix, em torno do seu livro Écologies Deviantes: Voyage en terres queers (2021).

No dia 30 de abril, o olhar eco-feminista subjacente à arquitetura deste programa, serve a gramática de Ecosex, a User’s Manual (2018) de e com a presença de Isabelle Carlier em Nice, e de Armazónia (2021) de Francisco Moura Relvas, exibido em conjunto com Ni les femmes ni la terre! (2018) de Marine Allard, Lucie Assemat e Coline Dhaussy, no Cinéma Jean-Paul Belmondo.

A Villa Arson é o lugar para nos debruçarmos sobre alternativas aos modos de vida que conduziram à atual danificação do planeta e possíveis reparações, no dia 4 de maio, com a exibição do documentário Donna Haraway: Story Telling for Earthly Survival (2016) de Fabrizio Terranova, seguida de uma sessão conjunta de Perchés (2021) de Guillaume Lillo e Inviting Moments of Stillness (2021) de André Uerba, com a presença de ambos os realizadores. As práticas artísticas de André Uerba que deram origem ao filme, são mote para um laboratório de experimentação a decorrer nos dias 5 e 6 de maio, no espaço Le Dojo, onde estarão também expostos outros trabalhos do artista.

Ainda, na Librairie Vigna, uma homenagem ao cinema queer português é feita pelo Festival In&Out, com uma exposição dedicada ao trabalho de João Pedro Rodrigues e ao percurso do Queer Lisboa – Festival Internacional de Cinema Queer.

Com este programa, não mostramos apenas as réplicas do cinema aos debates que lhe são contemporâneos. As visões e práticas queer propostas serão desejavelmente um contributo à progressiva harmonização de ativismos e a uma desejada intervenção convergente.

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