
O ativismo, particularmente focado na América do Sul, é um dos pontos fortes desta secção este ano. Em Corpolítica, Pedro Henrique França acompanha as candidaturas de pessoas LGBTQI+ nas eleições de 2020, no Brasil, demonstrando as dificuldades que enfrentam num panorama político de extrema-direita; já Nuestros Cuerpos Son Sus Campos de Batalla, de Isabelle Solas, regista os esforços feitos pela comunidade trans na Argentina para uma reeducação social.
Espaço também nesta secção para Soy Niño, um impactante retrato sobre o processo de transição do jovem chileno Bastian pela mão da sua prima, a realizadora Lorena Zilleruelo, presenteando-nos com um dos mais valiosos registos fílmicos recentes sobre crianças e adolescentes trans.
De salientar ainda: Ardente·x·s, onde Patrick Muroni documenta a evolução de um coletivo de mulheres e pessoas queer cujo manifesto propõe pensar, discutir e reformular a produção de conteúdos pornográficos; e Framing Agnes, com um elenco composto exclusivamente por pessoas trans - tal como o seu realizador Chase Joynt -, que reconstitui a vida desta comunidade nos anos 50, nos EUA.
Embaixo, a listagem completa dos oito títulos em Competição:
- Ardente·x·s / Fierce: a Porn Revolution, Patrick Muroni (Suíça, 2022, 96’)
- C'è un Soffio di Vita Soltanto / A Breath of Life, Matteo Butrugno, Daniele Coluccini (Itália, Alemanha, 2021, 93’)
- Corpolítica / Political Bodies, Pedro Henrique França (Brasil, 2022, 103’)
- Framing Agnes, Chase Joynt (Canadá, EUA, 2022, 75’)
- Jimmy in Saigon, Peter McDowell (EUA, 2022, 89’)
- Magaluf Ghost Town, Miguel Ángel Blanca (Espanha, 2021, 93’)
- Nuestros Cuerpos Son Sus Campos de Batalla / Our Bodies Are Your Battlefields, Isabelle Solas (Argentina, França, 2022, 101’)
- Soy Niño, Lorena Zilleruelo (Chile, França, 2022, 62’)